Abriga a Sala São Paulo, que tem uma capacidade de 1.498 lugares e é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). É palco para apresentações sinfônicas e de câmara e foi concebida de acordo com os mais atualizados padrões internacionais. Muitos especialistas consideram a Sala São Paulo uma das salas de concerto com melhor acústica no mundo, comparável a de muitas salas estadunidenses e européias mundialmente conhecidas, como o Symphony Hall de Boston, o Musikverein, em Viena, e o Concertgebouw, em Amsterdã.
A renovação começou em novembro de 1997, mas os primeiros passos foram dados em 1995. O Governador Mário Covas visualizava a Estação Júlio Prestes como um espaço ideal para apresentações sinfônicas, uma vez que faltava ao Brasil lugares adequados para este tipo de apresentação e principalmente porque a Orquestra sinfônica do Estado de São Paulo não possuía um centro permanente.
A Estação Júlio Prestes foi construída entre 1926 e 1938 para ser a sede e ponto de partida para a Estrada de Ferro Sorocabana - uma empresa criada pelos barões do café, para transportar o produto até ao porto de Santos. O Estado adquiriu a empresa em 1905 e tornou-a Ferrovia Paulista S/A, na década de 1970.
Desde a década de 1980, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) assumiu a linha e a estação tornou-se ponto de chegada. O nome Júlio Prestes é uma homenagem a um ex-governador do estado de Sâo Paulo. Christiano Stockler das Neves, o projetista da estação, baseou seu projeto em um estilo eclético, descrito como neo-clássico Luís XVI, que foi uma reação ao estilo barroco, que predominava na época. Neves também foi claramente influenciado pelas estações da Pensilvânia e de Nova Iorque. Enquanto ela estava sendo construída, na década de 1920, o Grande Hall, onde encontra-se atualmente a sala de concertos, teve uma pequena estação ferroviária no meio do trabalho de construção. Desta forma, os materiais poderiam ser trazidos de outras cidades e da Europa.
Hoje, no início do século XXI, os engenheiros que trabalharam na transformação do Grande Hall tiveram dificuldades em conciliar a tecnologia de hoje com a conservação histórica. O antigo trem foi substituído por um gigantesco guindaste de 150 toneladas. Esta foi a única maneira de transportar as imensas vigas a 25 metros de altura, que mais tarde se transformariam em parte da estrutura que suporta o teto ajustável ao longo do novo corredor.
Sala São Paulo : Praça Júlio Prestes, 16 - Santa Cecília, São Paulo, 01218-020

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